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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

[FIC] Everytime We Touch' 2 temp. : Cap.18

(para minhas leitoras choronas KKK) 


     POV ROBERTA

   Durante o percurso até a delegacia, eu não falei um 'A', eu só pensava nele, se ele está bem. Logo que chegamos, eu desci e peguei Léo no colo, meu rosto estava coberto por lágrimas, senti todo o meu corpo se arrepiar quando senti o perfume de Diego na minha jaqueta. Abracei Leonardo mais forte e ouvi ele fungar, meu bebê também estava triste, parece até que ele sabe que seu pai não está bem. 


Queria poder embalar meu coração num plástico bolha,
Em caso de eu cair, e ele quebrar
Eu não sou Deus, eu não posso mudar as estrelas
Eu não sei se existe vida em Marte
Mas eu sei que você magoou as pessoas que você ama

E aqueles que se importam com você.
Eu não quero ter nada a ver
Com as coisas pelas quais você está passando

   Entramos numa sala estranha, mas eu nem liguei, afinal eu não estava mais ligando pra nada. Alice me abraçou de lado e eu sorri de lado, não consigo criar forças para seguir em frente, sem ele nada mais será igual. O delegado me trouxe um copo com água, eu bebi e me acalmei um pouco. Senti algo vibrando no meu bolso, restrito. Atendi e o delegado me olhou com uma cara de interrogação. Suspirei, pensando que fosse o meu Diego , mas era uma mulher.
XXX- Roberta Messi Maldonado? - perguntou.
- sim? - funguei alto
- Sou a enfermeira Janice, eu estou ligando do Hospital Regional de L.A, seu ... marido se encontra aqui, ele está ferido.
- O QUE? MEU DEUS, ME DIZ QUE ELE VAI FICAR BEM, POR FAVOR - senti mais lágrimas escorrerem por meu rosto.
- Ele levou um tiro no peito Demi, é grave o caso dele, ele vai entrar na sala de cirurgia agora, peço que você venha para assinar uns papéis.. - essas palavras e cortaram ao meio.
- Eu estou indo aí agora mesmo, até mais. - Desliguei o celular aos prantos, meu Diego, a razão do meu viver, não pode ser...

Essa é a última vez
Eu desisto desse meu coração
Estou te dizendo que eu sou
Um homem quebrado que finalmente percebeu
Você está em pé sob o luar
Mas você é escura por dentro
Quem você acha que é pra chorar?
Isso é um adeus.

   Contei o ocorrido para Alice, Pedro e o delegado. O policial disse que já tinham achado a 'bandida' que atirou em Diego, e que ela ja estava presa. Liguei para o meu advogado resolver as coisas. Saí com pressa para o hospital, precisava vê-lo nem que fosse pela última vez.

   Entrei no hospital com o coração querendo sair pela boca, fui até a recepção e a mesma enfermeira que me ligou, me atendeu, ela disse que Diego estava na cirúrgia, que logo ele sairia de lá. Preenchi as fichas dele e me sentei na sala de espera. Alice
 e Pedro levaram as crianças para comer no McDonalds, e eu fiquei ali, por quatro dias seguidos.

   Quinto Dia no Hospital:

   Eu mal dormi essa noite, passei ela em claro, rezando para que Diego saia dessa, ele não acordou até agora, faz 4 dias que eu não vejo meus filhos, os pais de Diego vieram até aqui, pra eu poder descansar um pouco, meus pais também. Amanda e Vitor estavam viajando junto com Carla e Tomás, Alice e Pedro estavam cuidando das crianças. Então, eu estava sozinha esperando por uma notícia.

Eu estou um pouco tonto e confuso
Todos os meus dias viraram noites
Porque estou vivendo sem, sem você na minha vida
Eu não signifiquei nada?
Eu fui apenas outro fantasma que esteve em sua cama?

   Fitei o teto tão olhado por mim nesse hospital, já estava cansada de ficar aqui, sem saber notícias do meu Diego .  Aproveitei que as enfermeiras estavam distraídas e fui até a UTI. Peguei uma roupinha daquelas de médico e coloquei-a junto com a máscara. Olhei pelas janelas de vidro e vi Diego deitado na cama, tão pálido, tão sem vida. Chorei. Chorei como nunca havia chorado antes. Abri a porta que dava para o seu quarto e fui correndo até ele, toquei em suas mãos geladas, me causando um arrepio por causa do frio. Me sinto tão errada perto dele, tão ... desconexa. Ignorei meus pensamentos fúteis e toquei em sua bochecha, também gelada. Passei a ponta dos meus dedos por seus cabelos castanhos, lindos. Tirei a máscara e lhe dei um selinho, não importa o que tenha acontecido, eu perdoo ele, por tudo. Puxei uma cadeira e me sentei próximo a ele.

- eu sinto tanto a sua falta.. você pode me ouvir?.. Eu acho que sim, rs. - Eu falava meio risonha , meio triste.

   Passei meus dedos por seu braço, com tantos músculos.. Me senti tão protegida perto dele, esses braços sempre me envolveram quando eu mais precisei, e agora quando eu preciso deles em minha volta, eles não estão. Me senti agoniada por não poder falar com ele, tão agoniada que me deu vontade de morrer. 

Ligue o rádio, querida
Porque cada música triste, você conseguirá se relacionar
Essa aqui eu dedico
Não fique toda emocionada, baby
Você nunca pode conversar comigo
Você é incapaz de se comunicar.


   Ninguém pode mudar o meu caminho, meu caminho é ao lado dele, somente dele. Eu me sinto mal por tudo o que está acontecendo. Eu não estou bem, eu só vou ficar bem quando tudo voltar ao normal. Só preciso acreditar que Diego ficará bem. Sentei na berinha da cama dele, e peguei em suas mãos, chorei muito, muito. Cada lágrima que saía de meus olhos, caiam sobre as mãos do Dih, que estava sobre meu rosto, eu estava segurando sua mão, para me acariciar, eu só preciso disso agora. 


- por favor, acorda.. - dizia entre soluços

   Foi em vão, ele nem ao menos se mexeu. Senti meu rosto ficar quente, minha cabeça latejava, de tanto chorar. Aproximei meu rosto com o rosto do Joe, chorei. Agora minhas lágrimas caiam em seu rosto, limpei com meus polegares, as lágrimas que invadiam seu rosto pálido. Abracei ele e apoiei minha cabeça em seu pescoço, afundei meu rosto ali, distribui beijinhos em toda a sua extensão. Logo senti uma mão tocar minhas costas, me apertando junto ao corpo de Joe, olhei para seu rosto e ele estava com os olhos abertos, sorrindo.

- vo.. você ta bem? - mordi meu lábio
- eu estou, melhor agora aqui com você. - sorri quando ouvi isso.

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